A Aliança Nacional LGBTI+ apresentou nesta terça-feira (12), em Brasília, o “Manual de Empregabilidade LGBTI+”, uma ferramenta destinada a apoiar a inserção dessa comunidade no mercado de trabalho. O manual oferece orientações sobre o uso do autoconhecimento para melhorar o desempenho profissional e destaca aspectos como educação formal, cursos profissionalizantes e empreendedorismo. Além disso, aborda a utilização de plataformas virtuais, como o LinkedIn, e discute os direitos trabalhistas da população LGBTI+, com ênfase na proteção contra discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero.
O lançamento do manual ocorreu no I Seminário de Empregabilidade LGBTI+, que se estende até quinta-feira (14) e reúne representantes do poder público e sociedade civil. O evento tem como objetivo promover debates sobre a inclusão da comunidade LGBTI+ no mercado de trabalho, abordando a interseccionalidade entre questões de raça e identidade de gênero. Durante o seminário, especialistas ressaltaram a necessidade de políticas públicas mais eficazes para combater a discriminação e ampliar as oportunidades de emprego para pessoas trans e travestis, cujos índices de empregabilidade ainda são extremamente baixos.
Estudos apresentados durante o evento mostram a disparidade de emprego entre homens e mulheres trans, com uma grande porcentagem das mulheres trans fora do mercado formal de trabalho. Em resposta a essa realidade, a Aliança Nacional LGBTI+ pediu ao governo federal o registro de dados sobre a empregabilidade dessa população, a fim de possibilitar a criação de políticas públicas específicas. Além disso, foram destacadas as formas legais de denúncia para trabalhadores LGBTI+ que enfrentem discriminação no ambiente de trabalho, com a orientação de que direitos trabalhistas podem ser reclamados por meio de diversos canais institucionais, como sindicatos e órgãos de fiscalização.