Pesquisadores têm trabalhado para adaptar o cultivo de algodão ao lavrado de Roraima, investindo em variedades mais resistentes e técnicas de manejo adequadas às condições locais. O estado apresenta um alto potencial produtivo, com áreas plantadas capazes de alcançar até 4,5 toneladas por hectare, impulsionado por um calendário de plantio estratégico que aproveita a entressafra brasileira. Além disso, o cultivo do algodão pode ser integrado a práticas de rotação de culturas, promovendo benefícios ambientais, como a redução de pragas e o uso de defensivos agrícolas.
Apesar de promissor, o algodão ainda não é uma cultura tradicional no estado. Para mudar esse cenário, a Secretaria Estadual de Agricultura e a Embrapa implementaram um plantio demonstrativo como vitrine tecnológica para os produtores. A fibra, utilizada na indústria têxtil, farmacêutica e alimentar, mostra-se como uma alternativa viável para diversificar as produções agrícolas, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico local. Experiências anteriores, como o cultivo comercial em 2015, demonstram a qualidade da produção, mas o alto custo ainda desafia a expansão em larga escala.
Com a introdução de variedades geneticamente melhoradas e a crescente demanda no mercado consumidor, incluindo países do Caribe e Guiana, há otimismo para o futuro da cultura em Roraima. Para 2025, agricultores planejam expandir as áreas cultivadas, com previsão de até 1 mil hectares. O plantio demonstrativo no Parque de Exposições Dandãezinho continua disponível para produtores interessados, que podem buscar mais informações com a Secretaria Estadual de Agricultura.