Na terça-feira (26), um grupo de agricultores franceses se reuniu em Estrasburgo para protestar contra o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os países do Mercosul. A manifestação teve início com um comboio de cerca de 30 tratores que se dirigiu ao Parlamento Europeu, mas foi interrompido pela polícia antes de chegar à instituição. Os agricultores criticam o acordo, que inclui uma seção relevante sobre agricultura, alegando que as importações de produtos agrícolas da América do Sul não cumprem os rigorosos padrões de qualidade exigidos na Europa.
O acordo, fechado em 2019, ainda não foi ratificado e estabelece cotas de importação para produtos agrícolas de países como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com isenções ou redução de impostos. Por outro lado, também oferece aos agricultores da UE a oportunidade de aumentar suas exportações para o mercado sul-americano, com produtos como vinho, queijo e azeite de oliva. O impacto sobre a agricultura europeia tem gerado um debate crescente, especialmente sobre como as importações podem afetar a competitividade do setor local.
Na quarta-feira (27), o Parlamento Europeu irá continuar os debates sobre o futuro do acordo, que poderá influenciar as políticas agrícolas da região. A discussão sobre o comércio agrícola com o Mercosul segue sendo um tema polêmico dentro da UE, envolvendo questões de sustentabilidade, padrões de qualidade e os impactos sobre os mercados internos. A posição da França, com protestos e resistência ao acordo, reflete as preocupações de muitos agricultores europeus em relação à possível concorrência desleal com produtos importados.