Em Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, a história de Bruna Campos e seu filho Thalysson Barbosa ilustra o processo de adoção tardia, que se destaca no contexto de mais de 5 mil jovens à espera de uma família no Brasil. Bruna e seu marido, Marlon, se habilitaram para adoção e, ao se conectarem com o Grupo de Apoio à Adoção Cores da Adoção, ampliaram suas expectativas, aceitando um perfil mais diverso. Através da Busca Ativa Nacional, uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça, eles conseguiram conhecer Thalysson, que estava em um abrigo e precisava de uma nova família.
O processo de aproximação entre a família e Thalysson foi gradual, envolvendo visitas e passeios, até que, após meses, conseguiram a guarda do jovem. Bruna compartilha que, embora não tenha sido amor à primeira vista, a convivência fez o amor crescer de forma intensa e transformadora. Ela menciona a felicidade de ter Thalysson em sua vida, destacando a importância da inclusão e da adoção tardia para jovens que frequentemente enfrentam dificuldades em encontrar lares.
Por outro lado, especialistas apontam que muitos jovens ainda enfrentam desafios significativos dentro do sistema de adoção, especialmente aqueles que não se encaixam nos perfis mais procurados pelos adotantes. A maioria dos pretendentes busca crianças pequenas e sem deficiências, o que resulta em uma maior permanência de adolescentes e crianças mais velhas em abrigos. A necessidade de políticas públicas eficazes que apoiem mães e famílias em situação de vulnerabilidade é fundamental para reduzir a entrega de crianças a abrigos e melhorar suas condições de vida.