A estatal boliviana YPFB firmou um acordo com a TotalEnergies e a Matrix Energy para iniciar o fluxo de gás natural produzido em Vaca Muerta, na Argentina, para o Brasil, utilizando a infraestrutura boliviana. A medida foi anunciada pelo Ministério de Minas e Energia, em 27 de novembro, e é vista como um avanço nas relações energéticas entre Brasil, Argentina e Bolívia. Esse acordo foi possibilitado por memorandos de entendimento firmados recentemente entre os países, além da promulgação de um decreto pela Bolívia que formalizou a criação de um serviço de trânsito para o transporte de gás.
O governo brasileiro vê o acordo como uma forma de diversificar as fontes de energia e fortalecer a segurança energética do país. A medida visa aumentar a competitividade da indústria nacional, oferecendo gás natural a um custo mais baixo e com maior previsibilidade. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância da integração energética com os países vizinhos para promover o desenvolvimento econômico sustentável e gerar empregos, beneficiando tanto o setor produtivo quanto a população brasileira.
A iniciativa também faz parte do programa Gás Para Empregar, que tem como objetivo ampliar a oferta de gás natural no Brasil, reduzir custos e estimular a industrialização. O projeto visa fortalecer a integração energética da região sul-americana e promover o crescimento econômico. Vaca Muerta, uma das maiores reservas mundiais de gás de xisto, é a principal fonte do gás que será importado, oferecendo preços significativamente mais baixos em comparação com os custos atuais do gás brasileiro.