Na COP29, realizada neste sábado (23), os países chegaram a um acordo sobre as regras para a criação de um mercado global de compra e venda de créditos de carbono. O objetivo é mobilizar bilhões de dólares em projetos voltados ao combate ao aquecimento global, como iniciativas de reflorestamento e instalação de parques eólicos. Após quase uma década de negociações, a credibilidade do sistema foi uma prioridade para garantir que ele contribua efetivamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
As discussões na conferência, realizada no Azerbaijão, concentraram-se nos detalhes operacionais do sistema, incluindo a criação de registros para monitorar os créditos e as normas de transparência entre os países. A União Europeia destacou a importância de uma supervisão rigorosa pela ONU, enquanto os Estados Unidos enfatizaram a autonomia nas negociações. O acordo final permitiu a criação de serviços de registro para países com recursos limitados, sem que isso implicasse aprovação automática da ONU aos créditos emitidos.
O comércio bilateral de créditos de carbono já começou em janeiro, com transações entre países como Suíça e Tailândia, mas ainda opera em pequena escala. O novo sistema global busca consolidar um conjunto claro de regras para promover integridade e transparência no mercado, equilibrando a participação de países com diferentes capacidades. Apesar do avanço, ajustes ainda serão necessários para aperfeiçoar as regulamentações e ampliar a adesão global.