O analista Américo Martins comentou sobre o recente acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, firmado na terça-feira (26), destacando a importância desse avanço para a paz, especialmente no norte de Israel. Inicialmente com duração prevista de dois meses, o acordo poderia ser estendido e até se tornar permanente, caso as hostilidades diminuam. Para Martins, esse acordo é uma boa notícia, pois permite o retorno das populações tanto israelenses quanto libanesas às suas casas nas áreas de fronteira.
Apesar do sucesso no norte, o analista ressaltou a pressão internacional sobre Israel, com os Estados Unidos desempenhando um papel importante na negociação. Por outro lado, Israel reconheceu uma oportunidade estratégica em separar o conflito com o Hezbollah da guerra que ainda travam contra o Hamas, permitindo focar os esforços militares na Faixa de Gaza. Martins explicou que, ao dividir os cenários, Israel pode priorizar a situação em Gaza, onde a tensão com o Hamas permanece elevada.
No entanto, Martins também alertou que um acordo similar com o Hamas em Gaza é muito mais complexo. O analista mencionou os obstáculos, como a questão dos reféns mantidos pelo grupo e a resistência interna em Israel a qualquer acordo que envolva a liberação de prisioneiros palestinos. Ele conclui que, apesar das pressões internacionais, o cenário em Gaza é mais desafiador e exigirá mais esforços diplomáticos para alcançar um cessar-fogo duradouro.