O acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo Hezbollah entrou em vigor às 23h de terça-feira (26), pelo horário de Brasília, após semanas de negociações mediadas pelos Estados Unidos e França. O entendimento prevê uma pausa nos ataques por dois meses, durante os quais as forças israelenses se retirarão da fronteira sul do Líbano, enquanto as tropas libanesas retornarão à região e o Hezbollah transferirá suas armas para o norte do país. O acordo tem como objetivo proporcionar um ambiente propício para a restauração da paz na área.
Na manhã de quarta-feira (27), moradores do sul do Líbano começaram a retornar às suas cidades, após semanas de deslocamento devido ao conflito. Equipes da agência Reuters registraram o fluxo de veículos com famílias que voltavam para suas casas, algumas das quais estavam nas ruas para celebrar a trégua. Em contraste, o exército libanês pediu cautela, recomendando que os civis adiassem o retorno até a completa retirada das forças israelenses da região.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comemorou o acordo em um pronunciamento, afirmando que o Hezbollah sofreu um retrocesso significativo e que Israel retomará os ataques se o grupo não cumprir sua parte no acordo. Líderes dos Estados Unidos e da França manifestaram apoio ao cessar-fogo, destacando a importância do entendimento para o processo de paz no Líbano, enquanto a situação na fronteira ainda requer vigilância e cuidados para evitar novos confrontos.