O enviado norte-americano Amos Hochstein está no Líbano para discutir um possível acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. A proposta, que segue os termos da Resolução 1701 da ONU, visa suspender os combates por 60 dias e estabelecer bases para uma trégua definitiva. Entre as condições, está a retirada das forças terrestres israelenses do sul do Líbano e uma aplicação mais rigorosa da resolução da ONU, que determina a presença exclusiva do Exército libanês e de forças de paz da ONU ao sul do rio Litani.
No entanto, pontos críticos complicam as negociações. Israel exige a liberdade operacional para atacar o Hezbollah em caso de violações, algo que o grupo rejeita. Autoridades libanesas consideram a demanda especulativa e alegam que a proposta apresentada pelos EUA não inclui tal cláusula, o que tornaria as condições mais aceitáveis. Representantes libaneses, incluindo aliados do Hezbollah, afirmam que os EUA entendem a inviabilidade de tal exigência para um possível acordo.
O contexto das negociações ocorre em meio a uma intensificação dos combates no Líbano e na Faixa de Gaza. Desde setembro, Israel lançou ofensivas terrestres e aéreas contra o Hezbollah, enquanto a guerra contra o Hamas em Gaza continua, resultando em milhares de mortes e destruição generalizada. A tensão permanece alta, com Israel também realizando ataques contra alvos iranianos em diversos países. Negociações por tréguas enfrentam entraves em todas as frentes, enquanto a comunidade internacional busca uma solução diplomática.