Após 13 meses de intensos confrontos entre Israel e o Hezbollah, um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos foi anunciado pelo presidente Joe Biden. O pacto visa encerrar a violência no sul do Líbano e estabelece que, em até 60 dias, o Hezbollah retire seus combatentes e armamentos da região próxima à Linha Azul, fronteira não oficial entre Israel e o Líbano. A área será ocupada por 5.000 soldados libaneses, com a missão de evitar a reconstrução de infraestrutura e armamentos. Israel também começará a retirar suas tropas e civis, permitindo o retorno dos moradores às suas casas.
A implementação do acordo, embora vista como uma solução importante para a estabilidade da região, levanta preocupações sobre a capacidade do exército libanês de cumprir as exigências. Analistas destacam a fragilidade da estrutura do exército e as divisões internas no Líbano, o que pode dificultar a aplicação do cessar-fogo. A supervisão será feita com base na resolução da ONU que encerrou a guerra de 2006, com o apoio dos Estados Unidos e da França, que, no entanto, não enviarão tropas ao local.
No mercado de petróleo, a notícia do cessar-fogo teve um impacto limitado, com preços relativamente estáveis. O barril de petróleo West Texas Intermediate (WTI) foi negociado abaixo de US$ 69, enquanto o Brent fechou próximo a US$ 73. Apesar da redução do risco geopolítico, o excesso de oferta global e os cortes de produção da OPEP+ continuam a influenciar os preços. O impacto do cessar-fogo na economia regional e nos mercados globais dependerá da durabilidade do acordo e dos desenvolvimentos geopolíticos envolvendo potências como o Irã e a Rússia.