A COP29, realizada em Baku, trouxe à tona um acordo financeiro destinado a mobilizar US$ 300 bilhões por ano até 2035 para apoiar países em desenvolvimento na luta contra as mudanças climáticas. A medida, que envolve contribuições de fontes públicas e privadas, foi aprovada sob críticas significativas de diversas nações, que consideraram o montante insuficiente frente aos desafios climáticos globais. Representantes de países como Índia, Bolívia, Nigéria e Paquistão argumentaram que os países desenvolvidos estão aquém de suas responsabilidades históricas e que o valor acordado não acompanha a inflação nem as metas estipuladas em compromissos anteriores.
O texto final do acordo reafirma a obrigação das nações ricas em prover recursos financeiros, incentivando também contribuições voluntárias de outros países. No entanto, a meta de alcançar US$ 1,3 trilhão anuais até 2035 reflete o reconhecimento de que o financiamento atual é insuficiente para atender às necessidades crescentes. Críticos apontaram que as decisões tomadas não correspondem às demandas urgentes de nações vulneráveis, muitas das quais sofrem os impactos mais severos das mudanças climáticas.
Apesar das consultas intensivas realizadas durante a conferência, o consenso foi difícil de alcançar devido às tensões geopolíticas. O descontentamento geral reflete a frustração com a lentidão em ações concretas e ambiciosas para o financiamento climático global, evidenciando a necessidade de maior colaboração e compromisso para enfrentar os desafios ambientais.