Na COP29 no Azerbaijão, países discutirão medidas para implementar um sistema global de comércio de créditos de carbono, uma estratégia que permite que nações e empresas compensem suas emissões pagando por reduções realizadas em outras localidades. Esse sistema visa apoiar metas climáticas e é visto como essencial para o financiamento de ações em países em desenvolvimento, sendo que duas abordagens foram delineadas pelo Artigo 6 do Acordo de Paris: acordos bilaterais personalizados (Artigo 6.2) e um sistema centralizado pela ONU (Artigo 6.4).
A COP26 em Glasgow estabeleceu regras preliminares, mas detalhes técnicos ainda faltam para viabilizar o comércio centralizado. Enquanto isso, alguns países, como Japão e Indonésia, optaram por acordos bilaterais de carbono, mesmo sem normas completas. O mercado voluntário de carbono, em baixa após polêmicas, pode ganhar força se seus créditos forem integrados ao sistema da ONU, aumentando sua credibilidade e valor no mercado.
Os participantes esperam aprovar diretrizes que garantam transparência e confiabilidade no comércio de carbono. Isso inclui um registro central para rastrear os créditos e assegurar que a redução de emissões é real e verificável. Após a COP29, especialistas continuarão a definir metodologias para projetos como reflorestamento, que, se aprovados, poderão operar tanto no mercado da ONU quanto no voluntário, com previsão de lançamento do sistema em 2025, caso os principais pontos sejam aprovados.