Um encontro de representantes de órgãos federais em Brasília, realizado nesta segunda-feira (4), teve como objetivo debater medidas para intensificar o combate ao comércio ilícito de produtos de tabaco no Brasil. Durante a reunião na sede da Organização Pan-Americana da Saúde, participaram autoridades de instituições como o Instituto Nacional de Câncer e a Polícia Federal, que discutiram a ampliação do protocolo de combate às irregularidades que impactam tanto a saúde pública quanto a arrecadação de impostos no país.
A médica Vera Luiza da Costa e Silva destacou a prioridade do governo em eliminar o comércio ilegal de tabaco, que afeta principalmente crianças e populações de baixa renda. A reunião abordou a necessidade de um sistema de rastreamento mais eficiente para monitorar a produção e a distribuição de cigarros, com foco na integração de dados entre os órgãos de segurança. As ações visam não apenas a repressão ao contrabando, mas também a prevenção, especialmente em relação aos dispositivos eletrônicos para fumar.
Os desafios enfrentados pelo Brasil incluem a expansão do crime organizado e a pressão da indústria do tabaco, que tenta contornar a regulamentação vigente. Dados apresentados na reunião revelaram que o comércio ilícito representa cerca de 30% do mercado de cigarros no país. Além disso, os custos com saúde relacionados ao tabagismo são significativamente superiores à arrecadação tributária sobre os produtos, o que reforça a urgência de políticas eficazes de controle e desestímulo ao consumo de tabaco.