O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, destacou que a disposição da Rússia para negociar depende das eleições nos Estados Unidos. Com a possibilidade de uma vitória de Kamala Harris, espera-se a continuidade do apoio à Ucrânia, em contraste com a postura de Donald Trump, que sugere a diminuição desse suporte e afirma que poderia resolver o conflito rapidamente. Especialistas indicam que, independentemente de quem assumir a presidência, a Rússia não parece disposta a negociar, visto que a guerra representa um embate mais amplo entre Moscou e o Ocidente.
Analistas apontam que a falta de unidade entre os aliados ocidentais e possíveis cortes de ajuda dos EUA poderiam impactar negativamente a situação militar da Ucrânia. O exército russo tem demonstrado sua capacidade de mobilização, enquanto a Ucrânia luta para manter suas forças diante de perdas significativas. Com mais de 600.000 soldados russos mortos ou feridos, a estratégia de Putin parece ser desgastar a resistência ucraniana e desmoralizar a população, atacando alvos civis e infraestrutura crítica.
Apesar da exaustão da população ucraniana, as evidências de brutalidade e ocupação russa não parecem levar a um desejo de rendição. Zelensky continua a solicitar apoio internacional, ressaltando que qualquer tentativa de forçar a Ucrânia a aceitar um acordo com a Rússia não seria viável. O cenário atual sugere que, com ou sem mudanças na política dos EUA, a guerra na Ucrânia deve continuar, provavelmente com uma intensidade menor, mas por um período prolongado.