Pesquisas indicam que o papel da liderança direta é fundamental para a felicidade no trabalho e, consequentemente, para a produtividade dos profissionais. Estudos realizados por Juliana Sawaia, cientista da felicidade, revelam que líderes que reconhecem e incentivam seus times, tratam seus colaboradores como indivíduos e comunicam uma visão clara do futuro geram um ambiente de trabalho mais positivo. Em um levantamento com 250 profissionais, Sawaia constatou que o apoio do líder em aspectos como reconhecimento e segurança psicológica tem maior impacto na satisfação do que outros fatores, como salário ou benefícios.
Além disso, uma pesquisa da Robert Half aponta que questões como a falta de propósito no trabalho, planos de carreira e relacionamentos tóxicos são mais determinantes para a infelicidade profissional do que questões salariais. A busca por sentido no trabalho, por parte dos profissionais, é vista como um fator crucial para o bem-estar. A diretora Maria Sartori, da Robert Half, destaca a necessidade de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, que foi identificada como o principal fator de felicidade por mais de 70% dos profissionais consultados.
A relação entre felicidade e produtividade é clara: trabalhadores mais felizes tendem a ser mais produtivos, com maior foco e precisão nas suas tarefas. Isso foi evidenciado por um estudo da Universidade de Oxford, que revelou que profissionais felizes são 12% mais produtivos. No entanto, Sawaia alerta que, embora muitas empresas tenham começado a abordar o tema da felicidade no trabalho, ainda há um longo caminho a percorrer. Ela defende que a felicidade no trabalho deve ser tratada como um indicador mensurável, integrando-se à cultura organizacional de forma estruturada para gerar melhores resultados financeiros e um ambiente de trabalho mais saudável.