A associação das cores vermelho e azul aos partidos Republicano e Democrata, respectivamente, nos Estados Unidos é uma prática recente, consolidada apenas nas eleições de 2000. Antes disso, a representação das cores era invertida; os estados onde os Republicanos conquistavam votos eram exibidos em azul, enquanto os Democratas eram retratados em vermelho. Essa tradição começou a tomar forma nas transmissões televisivas da década de 1970, com a CBS e a NBC utilizando essas cores em seus mapas eleitorais, uma inovação trazida pela popularização da TV em cores.
Durante as décadas seguintes, as emissoras de televisão mudavam as cores a cada eleição, levando a uma confusão entre os telespectadores. Foi somente em 2000, durante a disputa acirrada entre George W. Bush e Al Gore, que a divisão entre estados vermelhos e azuis se firmou no imaginário americano. A intensa cobertura midiática e a recontagem de votos na Flórida ajudaram a consolidar essa nomenclatura, que rapidamente se espalhou por comentaristas políticos e meios de comunicação.
Hoje, essa simbologia é amplamente reconhecida e incorporada na identidade visual dos partidos, com estados sem forte preferência partidária sendo chamados de estados roxos ou representados em branco nos mapas. Embora candidatos de terceiros partidos tenham conseguido alguma representação no passado, atualmente não há expectativas de que consigam vencer estados. Essa polarização reflete a dinâmica política contemporânea dos EUA, onde o bipartidarismo se tornou uma característica marcante.