A guerra entre Rússia e Ucrânia, que já ultrapassa os mil dias desde sua eclosão em fevereiro de 2022, tem sido marcada pelo uso de uma vasta gama de armamentos sofisticados e pela intensificação do envio de sistemas de armas por potências ocidentais. Desde os primeiros confrontos, em que a Rússia utilizou tanques, mísseis hipersônicos e artilharia pesada, até a chegada recente de sistemas de armas como os mísseis táticos ATACMS, fornecidos pelos Estados Unidos, o conflito tem se caracterizado pela crescente utilização de tecnologias militares avançadas. A Ucrânia, por sua vez, tem recebido apoio substancial de seus aliados ocidentais, com sistemas de mísseis, drones e artilharia, como o HIMARS, os tanques Leopard e Abrams, e agora, aviões F-16, que desempenham um papel crucial na defesa contra a invasão russa.
Ao longo da guerra, o desequilíbrio inicial entre as forças militares de ambos os países, com a Rússia possuindo uma clara vantagem em termos de recursos humanos e material bélico, foi progressivamente mitigado pelos aumentos significativos no recrutamento e produção de armamentos da Ucrânia, além do apoio contínuo de países ocidentais. Em 2023, os Estados Unidos autorizaram o envio de mísseis ATACMS, com alcance de até 300 km, marcando uma escalada no uso de armas de longo alcance. Esse desenvolvimento, juntamente com o fornecimento de minas antipessoal e sistemas de defesa aérea, tem ampliado a capacidade de resistência da Ucrânia, apesar da superioridade inicial das forças russas.
Em termos de números, a Rússia ainda mantém uma vantagem considerável em soldados e equipamento militar, com um exército significativamente maior, incluindo aviões, helicópteros e veículos blindados. Contudo, à medida que o conflito avança e novos arsenais chegam à Ucrânia, o cenário da guerra se torna cada vez mais imprevisível, com a Rússia enfrentando desafios em sua capacidade de manutenção e modernização de seu equipamento militar. O impacto desse desequilíbrio, combinado com as tensões políticas e geopolíticas em torno do conflito, continua a moldar a dinâmica da guerra, com ambos os lados se adaptando constantemente às novas realidades do campo de batalha.