A eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos levantou preocupações sobre o impacto de sua política externa nas questões globais, incluindo as guerras na Ucrânia e em Israel, e as metas climáticas. Especialistas apontam que o futuro governo republicano poderá revisar acordos como o Acordo Climático de Paris e adotar uma postura mais isolacionista, com foco nos interesses americanos, o que afetaria sua relação com blocos internacionais como o G20. Trump prometeu ainda adotar uma política comercial mais agressiva, especialmente em relação à China.
O G20, fórum de discussões sobre temas globais, deve ser influenciado pela postura “trumpista”, que valoriza mais a política unilateral do que o multilateralismo. No entanto, a relação dos Estados Unidos com o bloco, formada pelas maiores economias do mundo, será moldada pela política de “América em primeiro lugar”, que pode resultar em um desinteresse por debates sobre questões como desigualdade e mudanças climáticas. A análise sugere que os compromissos assumidos pelos Estados Unidos podem ser desfeitos pela administração republicana, gerando incertezas sobre a continuidade de acordos globais.
A Cúpula do G20, programada para acontecer no Rio de Janeiro em novembro, será marcada por essas tensões. Embora a pauta tenha sido estabelecida antes da eleição de Trump, especialistas indicam que acordos e compromissos assinados podem não ser seguidos pelo novo governo americano, dada a divisão partidária crescente nos EUA. Isso gera um cenário de imprevisibilidade, onde as negociações no G20 podem não ter a mesma continuidade e eficácia que se esperaria em administrações mais focadas na diplomacia multilateral.