A Disney atravessa um momento de recuperação e confiança, com lucros acima das expectativas e uma orientação inédita de crescimento para os próximos três anos. Sob a liderança de Bob Iger, que retornou ao cargo de CEO há dois anos, a empresa demonstrou capacidade de enfrentar grandes desafios, como a pandemia e a transformação do mercado de mídia. Entre os principais motores dessa recuperação estão os sucessos de filmes como Divertida Mente 2 e Deadpool & Wolverine, além de resultados positivos no streaming e grandes investimentos em seus parques temáticos. As ações da companhia registraram uma alta significativa após os resultados financeiros positivos, refletindo otimismo no mercado.
No entanto, a Disney ainda enfrenta desafios consideráveis, como o declínio contínuo do mercado de TV a cabo, incluindo canais importantes como ABC e ESPN, que estão perdendo assinantes. Além disso, a empresa enfrenta críticas a algumas de suas aquisições de peso, como Lucasfilm e Marvel Studios, cujos projetos recentes não agradaram a fãs e críticos. A situação política também é uma grande incógnita, com o possível retorno de Donald Trump ao poder, o que poderia afetar as relações da Disney com o governo, especialmente no que diz respeito ao setor de mídia.
Apesar desses obstáculos, a Disney segue otimista em relação ao futuro, focando em áreas estratégicas como o streaming e os parques temáticos. Iger, que anunciou que não busca mais aquisições, tem uma visão consolidada para a empresa, embora precise lidar com a volatilidade do cenário econômico e político. Os próximos dois anos, até sua aposentadoria prevista, serão cruciais para garantir que a Disney se mantenha no caminho da recuperação e inovação.