Pequim enfrenta um dilema complicado em relação aos seus aliados, a Coreia do Norte e a Rússia, que estão cada vez mais interligados em um cenário internacional de tensões. Enquanto turistas chineses visitam a região de Fangchuan para vislumbrar o que resta da Coreia do Norte, a aliança entre Kim Jong-Un e Vladimir Putin suscita preocupações na China, que busca um controle moderado sobre Pyongyang. A possibilidade de tropas norte-coreanas apoiarem a invasão da Ucrânia pela Rússia aumenta a pressão sobre o governo chinês, que teme as repercussões de uma instabilidade na península coreana e suas consequências para a segurança regional.
As tensões se intensificam com a crescente cooperação militar entre a Coreia do Norte e a Rússia, culminando em um pacto de segurança que inquieta Pequim. A China, que historicamente tem sido o principal apoio econômico da Coreia do Norte, agora observa com apreensão a aproximação entre os dois países sancionados. Especialistas destacam que a falta de gratidão de Pyongyang em relação a Pequim, que tem sustentado seu regime, pode levar a uma reavaliação dessa relação, especialmente se a aliança com Moscou se fortalecer.
Além disso, a crescente retórica agressiva de Kim Jong-Un em relação à Coreia do Sul provoca um debate sobre a necessidade de uma postura mais firme de Seul, inclusive a possibilidade de um arsenal nuclear próprio. A preocupação da China se intensifica, uma vez que a instabilidade provocada por essa aliança pode desestabilizar não apenas a Coreia do Norte, mas também a região do Leste Asiático como um todo, desafiando a influência chinesa e exacerbando os riscos de uma crise humanitária devido a possíveis fluxos de refugiados.