O G20, criado em 1999 para discutir os principais desafios da economia internacional, celebra seus 25 anos com transformações significativas no cenário global. Desde sua fundação, o grupo, composto pelas maiores economias do mundo, observou o crescimento de nações emergentes, como China e Índia, que saltaram posições no ranking global de Produto Interno Bruto (PIB). A China, que passou da sétima para a segunda maior economia mundial, lidera a paridade do poder de compra, enquanto a Índia, que ultrapassou a China em população, ocupa agora a quinta posição. Esses avanços refletem o impacto crescente das economias emergentes no cenário econômico internacional.
Apesar do crescimento de algumas economias, o G20 enfrenta desafios econômicos e políticos complexos. A crise financeira do final do século 20 e os impactos de crises subsequentes, como a de 2008, moldaram a agenda do fórum. No entanto, as nações mais desenvolvidas, como os Estados Unidos, continuam a dominar a economia mundial, enquanto alguns membros do grupo, como a Argentina e o México, enfrentaram retrocessos econômicos. A inclusão de países emergentes e a expansão do G20 com a União Africana como membro permanente refletem uma tentativa de equilibrar as vozes globais e incluir uma gama mais diversificada de economias.
Com o Brasil assumindo a presidência do G20 em 2024, o país terá a oportunidade de liderar discussões sobre temas críticos, como a fome e as crises geopolíticas, enquanto enfrenta desafios internos e externos. As perspectivas para o futuro do G20 apontam para uma continuidade de esforços em prol de uma economia global mais equitativa, com um olhar atento para o desenvolvimento das economias do Sul Global. O Brasil, ao lado da Índia e da África do Sul, será fundamental para definir as prioridades do fórum nas próximas cúpulas.