O presidente da China, Xi Jinping, solicitou ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que alterasse a linguagem utilizada em relação à independência de Taiwan. Durante uma reunião em novembro passado, em San Francisco, Xi e seus assessores pediram que os EUA afirmassem explicitamente sua oposição à independência de Taiwan, ao invés da atual formulação que indica que não apoiam tal independência. Apesar dos pedidos da China, os Estados Unidos se recusaram a modificar sua posição oficial, reiterando que não apoiam a independência de Taiwan.
A pressão de Xi sobre Biden é parte de um esforço contínuo por parte da China para reformular a narrativa em torno do status de Taiwan, uma questão que permanece como uma das mais delicadas nas relações sino-americanas. Desde 1979, os EUA mantêm uma política de uma só China, que não reconhece formalmente Taiwan como um Estado independente, embora a legislação americana exija apoio para a defesa da ilha. Esta situação é complexa, já que a China considera Taiwan parte de seu território e não descarta o uso da força para reafirmar seu controle sobre a ilha.
A conversa entre os líderes não havia sido amplamente divulgada anteriormente, refletindo a sensibilidade do tema nas relações internacionais. O Ministério das Relações Exteriores da China reafirmou sua posição sobre Taiwan, enquanto o governo de Taiwan optou por não comentar sobre a solicitação feita por Xi. A pressão recente no nível da liderança destaca a importância de Taiwan nas dinâmicas geopolíticas atuais, com implicações significativas para a segurança e as alianças na região.