Nos Estados Unidos, o voto é um direito facultativo, diferentemente do Brasil, onde é obrigatório. Isso significa que os cidadãos têm a liberdade de decidir se desejam ou não participar das eleições, sem penalidades. Embora a Constituição americana garanta o direito ao voto, a participação nas eleições depende da vontade individual de cada eleitor. Para votar, é necessário ser cidadão americano, ter pelo menos 18 anos e estar registrado, além de atender a requisitos estaduais específicos.
Historicamente, o direito ao voto nos EUA passou por diversas emendas que ampliaram sua abrangência, permitindo que não proprietários, negros e mulheres votassem. No entanto, até hoje, não há uma legislação que torne a votação obrigatória. Em 2015, o ex-presidente Barack Obama sugeriu que a obrigatoriedade poderia ser uma solução para aumentar a participação, que tende a ser menor entre jovens e grupos de baixa renda. Apesar disso, as eleições de 2020 registraram a maior participação eleitoral do século, com cerca de 66,1% dos eleitores aptos comparecendo às urnas, superando os números de 2016.
A opinião pública sobre a obrigatoriedade do voto é predominantemente contra, com 79% dos cidadãos acreditando que a decisão de votar deve ser pessoal. Especialistas afirmam que a obrigatoriedade não traz benefícios claros além do aumento da participação, e sugerem alternativas como facilitar o registro e oferecer incentivos para votação. O debate entre os partidos também revela divisões, com os democratas favorecendo uma maior acessibilidade ao voto, enquanto os republicanos expressam preocupações sobre a segurança do processo eleitoral.