A Volkswagen, maior montadora da Europa, anunciou o fechamento iminente de pelo menos três fábricas na Alemanha, resultando em cortes significativos de postos de trabalho. A decisão, que pegou de surpresa a opinião pública, já era esperada por especialistas devido à queda nas vendas e à crise do setor automotivo. A montadora encerrou uma garantia de emprego de 30 anos, um sinal de que a situação financeira é crítica, apesar do aumento no faturamento e lucro operacional em 2023.
A dependência do mercado chinês, onde a Volkswagen registrou uma queda de quase 20% nas vendas, é um fator crucial para a crise. Com o aumento da concorrência de fabricantes chineses de carros elétricos, que oferecem modelos mais acessíveis e inovadores, a montadora enfrenta dificuldades para se manter competitiva. A transformação atrasada para veículos elétricos e a estagnação do mercado europeu não ajudam, evidenciando que as fábricas alemãs operam abaixo da capacidade ideal.
Além disso, os altos custos de produção na Alemanha complicam ainda mais a situação. Os salários na indústria automobilística são significativamente maiores do que em outros países europeus, o que torna difícil a produção de veículos populares. Especialistas afirmam que, para se manter no mercado, a Volkswagen precisará cortar custos e se adaptar rapidamente às novas demandas, especialmente em um ambiente onde as montadoras chinesas dominam cada vez mais a tecnologia e a eficiência na produção de veículos elétricos.