As eleições municipais de 2024 no Recife destacaram o crescimento do PSB, que elegeu a maior bancada da Câmara desde a redemocratização, com 15 vereadores. João Campos, reeleito prefeito, estabeleceu um novo recorde de votação, enquanto Romerinho Jatobá, do PSB, se tornou o vereador mais votado na história da cidade. O cenário também foi marcado pela ascensão de novos políticos, como Jô Cavalcanti, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, que se tornou a única representante do PSOL na Câmara.
Outra tendência observada foi o fenômeno do chamado “nepo baby”, com a eleição de nove filhos de políticos, que refletem a continuidade de nomes conhecidos na política local. No entanto, a bancada evangélica enfrentou uma queda significativa, pela primeira vez desde 2008, não conseguindo representantes entre os vereadores mais votados, o que sugere uma mudança nas dinâmicas eleitorais e nas preferências do eleitorado.
Derrotas de figuras políticas proeminentes também chamaram a atenção. Izaías Régis, ex-prefeito de Garanhuns, não conseguiu reeleger um sucessor, e Alcides Cardoso, líder da oposição na Câmara do Recife, também não foi reeleito. Em Olinda, Antônio Campos, que já havia sido o mais votado em eleições anteriores, obteve apenas 3.124 votos, evidenciando uma drástica queda em sua popularidade. Esses resultados indicam um possível enfraquecimento de algumas tradições políticas na região, refletindo um eleitorado em busca de novas representações.