A visita do presidente Joe Biden à Alemanha, considerada uma das últimas de seu mandato, abordou questões cruciais como as guerras no Oriente Médio e no Leste Europeu. Durante o encontro com o primeiro-ministro Olaf Scholz, Biden discutiu o fortalecimento do apoio militar à Ucrânia e a proposta de utilizar ativos russos congelados para melhorar a infraestrutura energética do país. Ele ressaltou a necessidade de manter o suporte a Kiev, especialmente diante da aproximação do inverno e dos recentes ataques à rede elétrica.
As declarações de Biden são ainda mais significativas no contexto das eleições presidenciais nos Estados Unidos, onde uma possível mudança na política externa está em jogo, especialmente se um novo governo decidir alterar a assistência à Ucrânia. A falta de consenso entre os aliados sobre o envio de armamentos de longo alcance também foi um tema abordado. Após a reunião, Biden e líderes europeus reafirmaram seu compromisso com a Ucrânia e a urgência de um cessar-fogo em Gaza, em resposta à situação crítica que a região enfrenta.
A situação humanitária em Gaza é alarmante, com a ONU alertando sobre a insegurança alimentar que atinge milhares de pessoas. Em reconhecimento aos seus esforços em manter as relações transatlânticas, Biden foi agraciado com a mais alta honraria da Alemanha, destacando a importância da colaboração entre os dois países em tempos de crise global. O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, sublinhou a necessidade de restaurar a confiança nas alianças, reafirmando a relevância das relações entre as nações.