Durante o primeiro turno das eleições de 2024, o Brasil registrou 373 casos de violência política direcionada a candidatos e políticos em exercício, resultando em uma média de sete incidentes diários. De acordo com uma pesquisa das organizações Terra de Direitos e Justiça Global, o ano de 2024 se destaca como o mais violento desde o início da série histórica em 2020, com um total de 518 incidentes documentados entre 16 de agosto e 6 de outubro. Este número inclui assassinatos, atentados, ameaças e agressões, mais do que o dobro do registrado no período pré-eleitoral, que contabilizou 145 casos.
A violência política se manifestou em todos os estados brasileiros, com maior concentração nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul. O Nordeste teve 132 ocorrências, seguido pelo Sudeste com 117 e o Sul com 51. Entre os estados, São Paulo liderou com 50 casos, enquanto o Rio de Janeiro e a Paraíba registraram 38 e 24 incidentes, respectivamente. O aumento significativo nas ocorrências reflete um ambiente eleitoral tenso e preocupante.
Os partidos políticos mais afetados por essa onda de violência incluem o União Brasil, o PT e o PL, com 46, 43 e 35 registros, respectivamente. A escalada da violência política representa um desafio sério para o processo democrático no Brasil e destaca a necessidade de medidas efetivas para garantir a segurança de candidatos e eleitores nas eleições.