No último domingo (20), uma mulher trans foi assassinada em São Paulo, gerando indignação e protestos sobre a crescente violência contra a comunidade LGBTQIAPN+. Naira Victória Neris, de 27 anos, foi morta a facadas na Vila Gustavo, e seu corpo foi encontrado em um imóvel na zona norte da cidade. A Polícia Civil investiga o caso, que foi registrado como homicídio no 73º DP. De acordo com amigos, Naira havia desaparecido em 18 de outubro e apresentava sinais de tortura.
O crime foi denunciado por um inquilino que revelou que o proprietário do imóvel confessou o assassinato. A polícia localizou o corpo da vítima, que estava com sinais de violência e uma faca próxima. Enquanto a investigação avança, um dos amigos da vítima destacou o impacto que a tragédia causou na família e amigos de Naira, que a lembram como uma pessoa amigável e cheia de vida.
Organizações de direitos humanos, como a Associação da Parada da Diversidade São Carlos (APOLGBT), publicaram notas de luto e ressaltaram que Naira foi uma vítima de preconceito. O Brasil é um dos países que lidera o número de assassinatos de pessoas LGBTQIAPN+, e a ONG pediu por uma mobilização urgente contra a onda de intolerância que afeta a sociedade, destacando a necessidade de enfrentar a violência e o discurso de ódio que vitimiza pessoas devido à sua identidade de gênero e orientação sexual.