A chancelaria da Venezuela reiterou seu respeito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após declarações do procurador-geral Tarek Saab, que o acusou de ser um agente da CIA. Em uma entrevista, Saab sugeriu que Lula e o presidente do Chile, Gabriel Boric, seriam representantes de uma esquerda alinhada aos interesses da inteligência norte-americana. Em resposta, o chanceler Yván Gil afirmou que as opiniões do procurador não refletem a posição oficial do governo venezuelano.
Gil enfatizou a importância das relações entre Brasil e Venezuela, afirmando que elas continuarão a se fortalecer. Ele destacou o respeito pela trajetória de Lula e sua liderança, reafirmando que a Venezuela valoriza suas interações com o Brasil e outros países da região. Essa declaração surge em um contexto onde Lula, junto com o presidente colombiano Gustavo Petro, busca soluções para a crise política na Venezuela.
Lula já havia criticado o governo venezuelano, apontando seu viés autoritário e solicitando a divulgação das atas eleitorais que comprovem a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições de julho. As tensões entre os dois países refletem um cenário complexo na política sul-americana, onde as alianças e os discursos sobre soberania e influência externa se entrelaçam.