O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) divulgou um relatório preliminar sobre o vazamento de emulsão de óleo em um poço de petróleo recém-perfurado em São Mateus, destacando que a área afetada é significativamente maior do que inicialmente informado pela empresa responsável. Enquanto a empresa indicou uma contaminação de 1.500 metros quadrados, o relatório apontou uma extensão de 58 mil metros quadrados, equivalente a cinco campos de futebol. Além disso, foram confirmadas evidências de contaminação da flora local e de um rio da região.
O Crea-ES solicitou à empresa Seacrest Petróleo que forneça esclarecimentos e documentação técnica em até 15 dias, após a constatação de que o volume de emulsão derramado foi muito superior ao anunciado, alcançando até 28 mil litros. A análise foi realizada com o apoio de drones e estudos laboratoriais, revelando a falta de medidas adequadas para mitigar os danos ambientais e a inexistência de responsável técnico para a recuperação da vegetação afetada.
O impacto do vazamento também atinge o Córrego Santa Rita, um afluente do Rio Mariricu, que desempenha um papel crucial nas atividades agrícolas e pesqueiras da região. O relatório enfatiza a urgência de ações corretivas, especialmente considerando que as chuvas recentes agravam a situação, facilitando a dispersão do material contaminado. A resposta da empresa ao incidente foi ativada rapidamente, mas a situação evidencia a necessidade de uma avaliação mais rigorosa sobre os riscos ambientais associados a atividades de perfuração de petróleo.