Lia Paiva compartilha a dolorosa experiência da perda de seu filho Diego, de 20 anos, devido a complicações relacionadas ao uso de vape e uma infecção bacteriana. Diego, que usava dispositivos eletrônicos desde os 15 anos, desenvolveu um quadro grave após um ferimento no ombro. Inicialmente tratado como uma lesão comum, sua condição se deteriorou rapidamente, levando a um choque séptico e, finalmente, a um infarto pulmonar. Apesar do tratamento, os médicos não conseguiram salvar o jovem, que teve o pulmão severamente comprometido pelo uso do vape.
A pneumologista Margareth Dalcolmo enfatiza os riscos associados ao uso de cigarros eletrônicos, destacando que a composição química desses dispositivos é perigosa e pode resultar em danos pulmonares irreversíveis. A pesquisa indica que a nicotina presente nos vapes é até seis vezes mais intoxicante do que a do cigarro tradicional, evidenciando um aumento preocupante na dependência entre os jovens. Além disso, dados recentes mostram que o uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes e jovens adultos cresceu significativamente no Brasil, mesmo com a proibição da venda desde 2009.
Os relatos e estudos ressaltam a necessidade de conscientização sobre os riscos do uso de vapes, especialmente entre a população jovem, que muitas vezes não compreende a gravidade das consequências. A história de Diego serve como um alerta sobre a crescente epidemia de dependência química entre os jovens e as implicações fatais do uso de cigarros eletrônicos, reforçando a importância de ações educativas e regulatórias mais eficazes para combater essa questão de saúde pública.