No terceiro trimestre de 2024, a Vale (VALE3) registrou um lucro líquido de US$ 2,4 bilhões, superando as expectativas do mercado que previam US$ 1,68 bilhão, embora tenha representado uma queda de 15% em relação ao ano anterior. A receita líquida da empresa foi de US$ 9,55 bilhões, o que também superou a projeção de US$ 9,43 bilhões, mas apresentou uma diminuição de 10% na comparação anual. O Ebitda totalizou US$ 3,615 bilhões, uma queda de 18% em relação ao ano passado, alinhando-se com as estimativas do consenso.
A melhora no desempenho financeiro foi atribuída a avanços em todos os segmentos de negócios da mineradora, com vendas de minério de ferro aumentando em 1,3 milhão de toneladas, um crescimento de 2% ano a ano. As vendas de pelotas se destacaram, subindo 18% devido a uma maior produção e demanda. A companhia também revisou suas estimativas de custo all-in de cobre para 2024, reduzindo a faixa projetada para US$ 2.900-3.300 por tonelada, de um intervalo anterior de US$ 3.300-3.800 por tonelada.
Em relação à sua dívida líquida, a Vale reportou um total de US$ 16,5 bilhões em 30 de setembro, um aumento de US$ 1,8 bilhão em comparação ao trimestre anterior, impulsionado por provisões relacionadas à Samarco. A empresa revisou a provisão para Samarco para US$ 4,7 bilhões, refletindo uma avaliação atualizada sobre possíveis acordos com autoridades brasileiras. A Vale também divulgou uma produção recorde de 90,97 milhões de toneladas no terceiro trimestre, com vendas aumentando em 7,3%, evidenciando a recuperação e resiliência do setor.