A Universidade Estadual do Piauí (Uespi) aprovou a unificação de oito cursos oferecidos nos campi Clóvis Moura e Poeta Torquato Neto, que será válida apenas para novos alunos em 2025. A medida, aprovada pelo Conselho Universitário (Consun) da instituição, foi alvo de controvérsia, levando a Associação dos Docentes da Uespi (ADCESP) a conseguir uma liminar que retirou o assunto da pauta do Consun. Os cursos afetados incluem bacharelados e licenciaturas em diversas áreas, levantando preocupações sobre a diminuição de vagas e o fechamento de cursos.
Protestos de professores e alunos ocorreram em resposta à unificação, com temores de que a mudança limite as oportunidades de acesso ao ensino superior, especialmente para estudantes de comunidades mais vulneráveis. A reitoria defende a unificação como uma forma de otimizar recursos e infraestrutura, alegando que a proposta não resultará na diminuição de vagas, mas que permitirá a oferta em turnos diferentes. O reitor argumenta que a desigualdade na distribuição de professores entre os campi justifica a mudança.
A decisão de unificação e a subsequente suspensão da discussão foram pautadas por questões legais e a necessidade de um debate prévio mais amplo. A reitoria, enquanto reafirma seu compromisso com a autonomia universitária, busca equilibrar as demandas do Ministério Público com as necessidades da comunidade acadêmica. A situação destaca o conflito entre a administração da universidade e a resistência da comunidade escolar, levantando questões sobre o futuro da oferta de cursos na instituição.