Em 1962, um catador de lixo descobriu um quadro em um porão na ilha de Capri, na Itália, que sua esposa considerava horrível. O pintor da obra, posteriormente identificado como Pablo Picasso, produziu a pintura que se acredita retratar Dora Maar, sua amante e musa. A tela permaneceu enrolada e pendurada em uma moldura barata na sala de estar da família por décadas, sem que eles soubessem do seu valor artístico.
Anos mais tarde, o filho do catador começou a investigar a assinatura da pintura após notar semelhanças com as de Picasso em uma enciclopédia de arte. Com a ajuda de especialistas, incluindo um detetive de arte, a assinatura foi confirmada como autêntica, e a obra foi avaliada em 6 milhões de euros. Essa descoberta transformou a visão da família sobre a pintura, que anteriormente quase foi descartada por sua aparência.
Embora a Fundação Picasso em Málaga tenha se mostrado cética inicialmente, a busca pela verdade sobre a origem da pintura trouxe reconhecimento à família Lo Rosso. A obra, agora guardada em um cofre em Milão, destaca a importância da curiosidade e persistência na valorização de uma peça que, durante muito tempo, foi ignorada e subestimada. A história ressalta como uma descoberta inesperada pode reescrever o legado de uma obra de arte.