Um ano após os ataques do Hamas que resultaram em milhares de mortes e a captura de reféns, o conflito em Gaza continua sem um fim à vista. A resposta militar de Israel, considerada a mais intensa desde a criação do Estado, devastou a região e causou um deslocamento massivo da população. Estima-se que mais de 41 mil pessoas tenham perdido a vida, em sua maioria civis, enquanto as infraestruturas de Gaza foram praticamente destruídas. A complexidade da situação é exacerbada pela resistência contínua do Hamas, que, apesar das perdas significativas, mantém sua presença e influência na região.
A política interna israelense desempenha um papel crucial na condução da guerra. A coalizão governamental, formada por partidos de extrema-direita, prioriza objetivos militares que se mostram cada vez mais inalcançáveis, como a erradicação do Hamas. Essa abordagem tem gerado críticas internas e externas, especialmente em relação à falta de um plano claro para um cessar-fogo ou para o resgate dos reféns. A postura do governo israelense, que ignora pressões internacionais, reflete a fragilidade da Autoridade Nacional Palestina, que enfrenta desafios internos e uma crise de legitimidade entre os palestinos.
Além das dinâmicas locais, a influência dos países árabes e dos Estados Unidos no conflito se mostra limitada. Enquanto os governos árabes se mantêm cautelosos, a população demonstra forte apoio à causa palestina. A falta de uma resposta decisiva dos Estados Unidos em relação a Israel também permite que a guerra se prolongue, exacerbando a situação humanitária em Gaza. Com a guerra causando um sofrimento imenso e um impacto duradouro, a necessidade de uma solução pacífica e sustentável se torna cada vez mais urgente.