No coração de Petra, na Jordânia, arqueólogos descobriram uma tumba antiga com pelo menos 12 esqueletos humanos e artefatos datados em cerca de 2.000 anos. A equipe, liderada pelo Dr. Pearce Paul Creasman, utilizou tecnologia de sensoriamento remoto para confirmar a existência de câmaras subterrâneas sob o famoso monumento conhecido como Khaznah, ou Tesouro. A escavação da tumba, realizada em agosto, revelou restos mortais completos e objetos funerários bem preservados, oferecendo uma visão rara sobre a vida dos nabateus, um antigo povo nômade árabe.
Os pesquisadores acreditam que a tumba intacta pode ser a maior coleção de restos humanos encontrada em Petra até hoje, destacando a importância do local. Entre os artefatos, um recipiente de cerâmica foi encontrado, lembrando o formato do Santo Graal, o que provocou reflexões sobre a relação entre história e arte. Apesar da boa preservação dos artefatos, os restos humanos apresentavam sinais de umidade, possivelmente devido às condições ambientais da região.
As práticas de sepultamento dos nabateus permanecem um mistério, uma vez que as tumbas descobertas até agora não revelam grandes diferenças entre os sepultamentos de pessoas comuns e da realeza. Os pesquisadores planejam continuar suas análises para entender melhor a identidade dos indivíduos enterrados, sua dieta e possíveis ocupações. A descoberta promete elucidar aspectos da história e cultura dos nabateus, proporcionando novas informações sobre este fascinante povo e sua relação com o monumento icônico de Petra.