O prefeito de São Paulo e o ministro de Minas e Energia se envolveram em um embate nas redes sociais durante um apagão que afeta milhares de residências na cidade. O prefeito criticou a atuação da concessionária Enel, alegando que a empresa tem causado danos à população e que o governo federal demonstra descaso ao manter o contrato com a companhia. Durante um evento em Roma, o ministro, que estava em um fórum com empresários, mencionou a possibilidade de renovação de contratos da Enel, o que gerou novas críticas do prefeito.
Em resposta às acusações, o ministro rechaçou a ideia de que houve discussões sobre a renovação do contrato da Enel, destacando que o contrato atual, assinado por aliados do prefeito, é válido até 2028. Além disso, o ministro dirigiu críticas à gestão municipal, questionando a responsabilidade pela queda de árvores que afetaram as redes de energia, enquanto alertou sobre a necessidade de podas antes do período chuvoso. O descontentamento com a Enel uniu autoridades de diferentes esferas em meio à crise de energia.
A crise gerada pela falta de energia elétrica na cidade já se estende por três dias, com cerca de 900 mil imóveis ainda sem luz. A pressão sobre a Aneel, a agência reguladora, aumentou, uma vez que cabe a ela recomendar a caducidade do contrato da Enel. A agência já sinalizou que tomará medidas para garantir que a concessionária atenda às exigências do contrato, destacando a necessidade de melhorias no serviço prestado à população.