Dez dias após a revelação de casos de transplantes de órgãos contaminados pelo HIV, o governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou a troca total da diretoria da Fundação Saúde. A decisão, comunicada pelo governador do estado, foi motivada pela renúncia dos diretores do órgão, que gerencia as unidades de saúde no estado. Até o momento, não há um novo nome designado para o cargo de diretor-geral, anteriormente ocupado por João Ricardo da Silva Pilotto.
Em 2023, os contratos firmados pela Fundação Saúde sem licitação já ultrapassaram R$ 911 milhões, enquanto os realizados via pregão eletrônico somaram R$ 302 milhões. Comparando com o ano anterior, a situação é ainda mais preocupante, com 618 contratos sem licitação que totalizaram R$ 1,6 bilhão. Em contrapartida, apenas 139 contratos foram feitos por meio de concorrências públicas, totalizando R$ 372 milhões. Esses dados suscitam preocupações sobre a transparência e a correta gestão dos recursos públicos destinados à saúde.
A mudança na diretoria da Fundação Saúde ocorre em um momento crítico, em que a confiança na administração da saúde pública está em xeque. A situação atual evidencia a necessidade de um monitoramento mais rigoroso das contratações realizadas pela instituição, visando garantir a eficiência e a integridade na gestão dos serviços de saúde no estado. A população aguarda uma solução que restaure a credibilidade da fundação e assegure a qualidade dos serviços prestados.