O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela negou um pedido de revisão que visava anular a reeleição do atual presidente, realizada em 28 de julho. Enrique Márquez, ex-candidato à presidência, apresentou o pedido junto a um grupo de dissidentes, argumentando que a confirmação dos resultados apresentava falhas de inconstitucionalidade. No entanto, o TSJ considerou a solicitação inadmissível e reiterou a legitimidade dos resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declarou o presidente como vencedor das eleições.
Os dados fornecidos pelo CNE indicaram que Márquez e outros sete candidatos obtiveram apenas 4,6% dos votos, enquanto a oposição contestou esses números, alegando que, segundo atas eleitorais não divulgadas, os candidatos teriam alcançado apenas 2,46%. Essa discrepância acirrou a tensão política no país, com a oposição insistindo em que seu candidato foi o verdadeiro vencedor. A situação eleitoral tem gerado um clima de insatisfação e protestos.
A reeleição do presidente não foi reconhecida pela comunidade internacional, resultando em manifestações que culminaram em confrontos violentos. Esses conflitos deixaram um trágico saldo de 27 mortos e mais de 2.400 detidos, incluindo 164 menores de idade. A crise política na Venezuela continua a ser uma preocupação significativa tanto em âmbito nacional quanto internacional, refletindo a instabilidade do país diante da contestação da legitimidade do processo eleitoral.