A Intel obteve uma importante vitória em um caso antitruste que se arrasta há 15 anos, após o Tribunal de Justiça da União Europeia decidir que a Comissão Europeia não poderá reimpor uma multa de 1,06 bilhão de euros. Esta penalidade, aplicada em 2009, resultou de alegações de que a empresa americana teria abusado de seu domínio no mercado de chips, principalmente ao pagar fabricantes para atrasar o lançamento de produtos concorrentes e ao oferecer descontos condicionais.
Em 2022, o Tribunal Geral da União Europeia já havia anulado a multa original, argumentando que a análise da Comissão não era suficiente para comprovar que as práticas da Intel sufocavam a concorrência. Após essa decisão, a Comissão impôs uma multa menor, de cerca de 376 milhões de euros, relacionada a práticas de pagamentos a fabricantes para restringir a concorrência no mercado de unidades centrais de processamento. Esse valor menor também está sob contestação pela Intel.
A recente decisão do Tribunal de Justiça é final e não cabe recurso, o que representa um alívio para a Intel, permitindo que a empresa siga em frente em relação a essa questão legal. A Comissão Europeia manifestou que irá analisar cuidadosamente a decisão, enquanto a Intel se prepara para enfrentar o desafio da multa reduzida ainda em vigor, que também poderá ser contestada nos tribunais.