O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) confirmou, por unanimidade, que o processo de recuperação judicial da AgroGalaxy continuará em Goiânia, rejeitando um recurso do Banco do Brasil que pedia a transferência do foro para São Paulo. O banco, que é um dos principais credores da empresa, argumentou que a mudança de sede da AgroGalaxy foi feita de forma questionável e sem justificativas claras, além de solicitar a exclusão de valores relacionados ao processo de recuperação judicial.
O tribunal determinou que Goiânia é o foro adequado, considerando que a holding do grupo está registrada na cidade e que suas operações e decisões principais ocorrem ali. A decisão também manteve as medidas liminares da 19ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia, que protegem os ativos da AgroGalaxy. Entretanto, o TJ-GO não analisou o pedido do banco sobre a exclusão de créditos extraconcursais, que deverá ser discutido em primeira instância.
O pedido de recuperação judicial foi protocolado em 18 de setembro, em caráter emergencial, devido ao vencimento antecipado de algumas operações financeiras. A empresa busca proteger seus ativos e readequar sua estrutura de capital frente aos desafios do agronegócio no Brasil. O passivo total da AgroGalaxy é de R$ 3,7 bilhões e US$ 160 milhões.