O Tribunal de Apelações da Carolina do Norte rejeitou, por unanimidade, uma proposta que visava separar cédulas de eleitores estrangeiros que nunca residiram no estado. Essa decisão ocorre em um contexto de esforços por parte de alguns grupos políticos para contestar a legitimidade das cédulas depositadas por cidadãos que, mesmo sem residência no estado, têm direito ao voto devido a laços familiares. O tribunal ressaltou a ausência de evidências de fraudes, ao mesmo tempo em que alertou que a segregação dessas cédulas poderia causar instabilidade nas eleições já em andamento.
O Comitê Nacional Republicano havia processado o estado, solicitando a interrupção de uma política que permite a votação de cidadãos no exterior que têm pais que residiram na Carolina do Norte. Embora essa lei, aprovada com apoio bipartidário em 2011, esteja em vigor há mais de uma década, os republicanos argumentaram que sua aplicação poderia abrir portas para fraudes eleitorais. No entanto, o juiz responsável pelo caso destacou que não havia provas concretas para apoiar essas alegações.
Além da decisão na Carolina do Norte, outros tribunais, como o da Pensilvânia e o de Michigan, também rejeitaram ações semelhantes contra cédulas de eleitores estrangeiros, reforçando a legalidade das políticas existentes. Com quase 2,3 milhões de votos já registrados, incluindo mais de 15 mil de cidadãos no exterior, a situação ressalta a importância do voto no contexto atual e a crescente mobilização de eleitores no exterior, especialmente em estados-pêndulo.