Belo Horizonte registrou três casos confirmados de infecção pelo fungo Candida auris no Hospital João XXIII, com dois pacientes já recebendo alta e um ainda internado. Outras 22 pessoas estão sob monitoramento devido à suspeita de contaminação. O Candida auris é um superfungo altamente transmissível, capaz de colonizar rapidamente a pele dos pacientes e apresenta resistência a medicamentos antifúngicos, o que pode resultar em infecções graves e até fatais, especialmente em indivíduos com comorbidades.
Identificado pela primeira vez em 2009 no Japão, o Candida auris chegou ao Brasil em dezembro de 2020, com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) notificando o primeiro caso positivo na Bahia. Desde então, o país tem enfrentado diversos surtos associados a esse patógeno. O fungo é considerado uma séria ameaça à saúde pública, pois pode causar infecções invasivas, é difícil de identificar em laboratório e pode persistir em ambientes hospitalares por longos períodos, favorecendo surtos.
Os fatores de risco para infecções por Candida auris incluem internações em unidades de terapia intensiva, uso de dispositivos invasivos, e imunossupressão. Os sintomas variam conforme a localização da infecção, podendo incluir febre e calafrios. Para controlar a transmissão, são recomendadas medidas como a higienização rigorosa das mãos, o isolamento de pacientes infectados e a limpeza minuciosa de superfícies e ambientes hospitalares.