No Rio de Janeiro, seis pacientes que receberam órgãos transplantados testaram positivo para o HIV, levando à internação de um deles no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz. As autoridades de saúde destacaram que, além do atendimento médico, os pacientes e suas famílias estão recebendo suporte ambulatorial e psicológico. A Fundação Oswaldo Cruz não se manifestou sobre o estado dos pacientes.
Investigações indicam que os órgãos infectados foram provenientes de dois doadores, e análises preliminares do Hemorio mostraram que não há mais amostras de sangue dos doadores infectadas pelo vírus. No entanto, uma segunda bateria de testes está sendo realizada, embora ainda não haja previsão de quando os resultados serão divulgados. Este incidente é considerado inédito no histórico de transplantes do estado, que já salvou mais de 16 mil vidas desde 2006.
As autoridades policiais prenderam uma coordenadora técnica de laboratório suspeita de envolvimento na emissão de laudos falsos que permitiram a contaminação dos transplantes. Relatos sugerem que houve falhas nos testes de qualidade, alterando a frequência das análises de diárias para semanais. A investigação continua, com a apreensão de equipamentos utilizados nos testes de HIV, enquanto o caso suscita preocupações sobre a segurança nos procedimentos de transplantes na região.