A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a Âmbar Energia, pertencente ao Grupo J&F, formalizou a transferência de controle da distribuidora Amazonas Energia, atualmente sob a administração da Oliveira Energia. A transação foi possibilitada pela Medida Provisória 1.232/2024, que flexibilizou regras para viabilizar o acordo, mas que expirou no mesmo dia da assinatura. A situação gerou um impasse em relação à aprovação, pois a empresa buscava um consenso da diretoria colegiada da Aneel, em vez da decisão monocrática do diretor-geral.
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, havia tomado a decisão de aprovar a transferência sob judice, o que levantou preocupações sobre a validade do ato caso a decisão judicial que a respaldava fosse contestada. Em meio a essa incerteza, a situação se complicou quando o diretor Ricardo Tili pediu férias, e o diretor Fernando Mosna declarou-se suspeito para avaliar a questão, segundo fontes próximas ao processo.
Atualmente, a diretoria da Aneel está parcialmente completa, com apenas quatro dos cinco cargos ocupados. A ausência de uma decisão unânime e a instabilidade na composição da diretoria podem dificultar a finalização do acordo, mantendo a situação da Amazonas Energia em um estado de indefinição até que novos desdobramentos ocorram.