Trabalhadores portuários de diversas regiões do Brasil paralisaram suas atividades por 12 horas nesta terça-feira (22) em resposta a preocupações sobre possíveis alterações na Lei dos Portos (Lei 12.815/2013). A greve, que envolve mais de 50 mil funcionários, foi organizada por diversas federações, incluindo a Federação Nacional dos Portuários e a Federação Nacional dos Estivadores. Os trabalhadores se opõem a propostas que podem resultar na extinção de direitos, como o adicional noturno e o pagamento por risco, além de facilitar a terceirização de serviços portuários.
O presidente da Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga criticou um relatório em elaboração na Câmara dos Deputados, que pretende revogar a legislação atual. Ele destacou que a nova proposta diminuiria as oportunidades de trabalho e prejudicaria a participação dos sindicatos nas negociações coletivas. As mobilizações contaram com o apoio de sindicatos internacionais, enfatizando a importância da luta pela preservação dos direitos dos trabalhadores portuários.
A greve reflete uma insatisfação generalizada entre os trabalhadores em relação às mudanças propostas, que são vistas como uma ameaça à segurança e à estabilidade no setor. A ação visa não apenas chamar a atenção para os riscos envolvidos nas alterações da legislação, mas também fortalecer a unidade entre os trabalhadores e suas organizações representativas na defesa de seus direitos e condições de trabalho.