Os trabalhadores em greve da Boeing realizaram uma grande manifestação em Seattle, no dia 15 de outubro, exigindo um acordo salarial mais favorável e expressando descontentamento com os recentes cortes de pessoal anunciados pela empresa. Com cerca de 33 mil trabalhadores sindicalizados em greve desde 13 de setembro, a categoria pede um reajuste salarial de 40% ao longo de quatro anos. A pressão sobre a Boeing aumenta em meio a sua tentativa de melhorar a saúde financeira, destacando-se a reação dos trabalhadores contra as táticas de intimidação da empresa.
Durante a manifestação, lideranças sindicais e políticas enfatizaram a unidade e a força dos trabalhadores, desafiando a empresa a reconsiderar suas propostas anteriores, que incluíam um aumento salarial de apenas 30% em quatro anos. A Secretária do Trabalho dos EUA, Julie Su, se reuniu com representantes da Boeing e do sindicato, tentando mediar a situação. A deputada Pramila Jayapal criticou a companhia por priorizar bônus executivos em detrimento dos salários dos funcionários, pedindo mudanças efetivas na abordagem da gestão em relação aos trabalhadores.
Com a Boeing planejando demissões e a previsão de comunicar cortes de pessoal em novembro e dezembro, o cenário se torna ainda mais tenso. A empresa anunciou a intenção de levantar até US$ 25 bilhões em ofertas de ações e dívidas, refletindo uma busca por estabilidade financeira. Enquanto isso, os trabalhadores permanecem firmes em suas reivindicações, reafirmando que não cederão diante da pressão e que continuarão lutando por melhores condições de trabalho e remuneração.