Atualmente, mais de 500 mil cidadãos chineses estão empregados em projetos de desenvolvimento no exterior, muitos deles em regiões de instabilidade política, como o Paquistão. Recentemente, dois trabalhadores chineses foram mortos em um ataque próximo ao aeroporto de Karachi, que foi atribuído ao Exército de Libertação do Baluchistão, um grupo que já realizou diversos ataques contra trabalhadores chineses no país. O governo paquistanês condenou o ato e garantiu que os responsáveis não ficarão impunes, ressaltando a crescente preocupação com a segurança dos funcionários chineses.
Os trabalhadores chineses estão predominantemente envolvidos em iniciativas da Iniciativa Cinturão e Rota da Seda, que busca expandir as conexões comerciais da China globalmente. Entretanto, há reclamações recorrentes de que as empresas que implementam esses projetos oferecem poucas oportunidades de emprego para a população local, predominando a contratação de trabalhadores chineses. Essa situação tem gerado ressentimento em diversos países, especialmente na África, onde muitos cidadãos se sentem excluídos dos benefícios econômicos.
O governo chinês tem adotado medidas para proteger seus cidadãos no exterior, incluindo o pagamento de resgates em caso de sequestros e a contratação de empresas de segurança privada. Além disso, está investindo na formação das forças de segurança locais para melhorar a proteção em áreas de risco. No entanto, os desafios permanecem, uma vez que muitos projetos são realizados em países com sistemas legais frágeis, tornando a segurança dos trabalhadores uma preocupação constante e complexa.