A comédia “Toc Toc”, escrita pelo francês Laurent Baffie e dirigida por Alexandre Reinecke, conquistou o público brasileiro desde sua estreia em 2008 no Teatro Cultura Artística. A peça, que aborda a convivência de seis pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) em uma sala de espera, alcançou grande sucesso, atraindo mais de 1 milhão de espectadores até 2014. Agora, após mais de uma década, a obra retorna ao Teatro Procópio Ferreira em São Paulo, com um elenco renovado, mas mantendo Riba Carlovich como um dos protagonistas.
Com a nova montagem, os atores exploram as complexidades de personagens que lidam com suas obsessões, desde a obsessão por limpeza até a mania de contar. Claudia Ohana, uma das intérpretes, destaca o desafio de interpretar um papel que contrasta com sua personalidade. A peça, embora humorística, provoca reflexões sobre saúde mental, um tema relevante na sociedade contemporânea, especialmente após os impactos da pandemia.
O diretor Reinecke ressalta que o contexto social e os comportamentos mudaram significativamente nos últimos anos, o que trouxe uma nova perspectiva para a comédia. A evolução do humor, influenciada por novas gerações de comediantes e mudanças na percepção do teatro, contribuiu para que “Toc Toc” ganhasse mais valorização. Reinecke acredita que a peça não apenas entretém, mas também instiga discussões importantes sobre as manias e transtornos que afetam a vida das pessoas.