O Tesouro Nacional encerrou o mês de agosto com uma reserva de liquidez, conhecida como colchão da dívida, de R$ 916,85 bilhões. Esse valor representa uma queda em relação aos R$ 1,113 trilhão registrados em julho, o que indica uma diminuição na capacidade do governo de honrar compromissos financeiros com investidores. A reserva de agosto é suficiente para cobrir 7,64 meses de pagamentos de títulos, uma leve queda em comparação aos 7,97 meses disponíveis no mês anterior. O Tesouro estipula um mínimo prudencial de três meses de vencimentos como referência.
As informações sobre a dívida pública e a reserva de liquidez foram divulgadas em decorrência da greve dos servidores, que impactou a liberação dos dados do Relatório Mensal da Dívida Pública (RMD) referente ao mês de agosto. Embora o relatório completo tenha sido disponibilizado no dia 30 de setembro, não trouxe detalhes sobre o perfil dos detentores da dívida, levantando questões sobre a transparência das informações durante esse período.
A situação atual do colchão da dívida serve como um termômetro para avaliar se o País possui recursos suficientes para atender suas obrigações financeiras ou se será necessário buscar financiamento adicional no mercado. A redução na reserva pode indicar desafios fiscais, exigindo atenção das autoridades econômicas na gestão da dívida pública e no planejamento orçamentário para garantir a estabilidade financeira.